Aprenda a prevenir, detetar, tratar e viver com o Cancro da Mama!

Fique a saber que em Portugal, são detetados cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama por ano. E sim, é  verdade que o cancro da mama é uma das doenças com maior impacto na sociedade: por um lado porque é muito frequente, e por outro porque afeta um órgão cheio de simbolismo quer na maternidade, quer na feminilidade.

Outubro é o mês dedicado à consciencialização e prevenção do cancro da mama. Apelidado de “Outubro Rosa”, este movimento nasceu com um objetivo claro: inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Além disso, sublinha a importância do diagnóstico precoce e apoia a investigação nesta área.

Por isso, aliemo-nos ao movimento “Outubro Rosa” para fortalecer a luta contra o cancro da mama, e inspirar todas as mulheres que enfrentam esta doença. Nesta artigo tentamos ajudar a perceber melhor o que é o cancro da mama, quais as causas possíveis e informações importantes sobre a doença: desde o diagnóstico até ao tratamento.

O que é o cancro da mama?

Saiba que todas as células do nosso corpo desempenham um determinado papel. As células normais crescem e dividem-se de uma forma equilibrada, sendo substituídas por células novas quando envelhecem ou são danificadas. Quando as células sofrem alterações no seu ADN, originam células cancerígenas, que se proliferam rapidamente e originam os cancros.

O cancro da mama nasce então de uma proliferação anormal de células mamárias cancerígenas, que dá origem a um tumor. Esses tumores podem ser invasivos ou não invasivos:

  • Cancro da mama não invasivo: o tumor é limitado à mama, não se tendo espalhado para o tecido circundante ou outro órgão.
  • Cancro da mama invasivo: o tumor alastra-se para outros órgãos a partir dos lóbulos mamários.

Quais são as causas do cancro da mama?

As causas do cancro da mama não são exatas. No entanto, há alguns fatores de risco que aumentam a possibilidade de desenvolver um cancro da mama e que importa conhecer:

  • Idade: 80% dos cancros da mama ocorrem em mulheres com mais de 50 anos, no período de pós-menopausa. Por isso, o maior fator de risco para o cancro da mama é a idade.
  • Reincidência: uma mulher que já tenha tido cancro numa das mamas tem maior probabilidade de o vir a desenvolver na outra.
  • Alterações genéticas: 5 a 10% dos cancros da mama têm como origem alterações genéticas, geralmente transmitidas pelos pais.
  • Peso: o excesso de peso aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama.
  • Comportamentos de risco: o consumo de tabaco e o consumo excessivo de álcool também estão associados ao desenvolvimento de cancro da mama.
  • Historial reprodutivo: a primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos) e a menopausa em idade tardia (após os 55 anos) são fatores de risco para o cancro da mama.

Quais são os sintomas do cancro da mama?

Os principais sintomas do cancro da mama estão relacionados com alterações na mama, nomeadamente:

  • Presença de nódulos,
  • Secreção ou sangramento do mamilo,
  • Dor persistente na axila ou mama,
  • Alterações no tamanho, forma e pele da mama,
  • Retração do mamilo,
  • Irritação da pele ou mamilo,
  • Presença de depressões na mama (ou “covinhas”).


Para além disso, podem existir outros sintomas que alertam para o cancro da mama. Desde logo a perda de peso inexplicável e o cansaço crónico, ainda que descanse o tempo necessário. Se detetar sangramentos ou hemorragias anormais, deve também ficar alerta.

Deteção do cancro da mama

A deteção precoce do cancro da mama é fundamental para o sucesso no tratamento. Para isso, deve aconselhar-se com o seu médico para definir a frequência com que deve fazer exames de despiste. Na verdade, são estes exames que permitem detetar o cancro em estádios assintomáticos, aumentando a eficácia do tratamento. 

Estes exames podem ser de três tipos:

  • Mamografia de rastreio,
  • Exame clínico da mama,
  • Mamografia de diagnóstico.


Estes exames permitem identificar nódulos nas mamas antes sequer que estes possam ser sentidos ou palpados. Por isso, são a melhor forma de detetar o cancro. No entanto, todas as mulheres devem ter uma atitude vigilante em relação às suas mamas, e fazer uma palpação mensal para identificar possíveis nódulos ou alterações nas mamas.

O cancro da mama tem tratamento? Qual?

Quando diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%. Esta é uma doença com várias opções de tratamento, e o mais adequado depende do avanço da doença. Pode, inclusive, ser necessário combinar vários tratamentos para resultados eficazes. Os tratamentos disponíveis para o cancro da mama incluem:

  • Cirurgia conservadora: nesta cirurgia, apenas o cancro é removido.
  • Mastectomia: cirurgia onde é removida toda a mama.
  • Radioterapia: terapia que utiliza radiação para matar as células cancerígenas. É aconselhável depois de uma cirurgia conservadora ou até mastectomia, para garantir que todas as células cancerígenas são eliminadas.
  • Quimioterapia: terapia que utiliza fármacos para matar células cancerígenas. Estes fármacos podem ser administrados sob a forma de comprimidos ou injeções intravenosas.
  • Terapêutica Hormonal: este tratamento impede que as células cancerígenas acessem às hormonas naturais do nosso organismo que necessitam para se desenvolverem. 
  • Terapêuticas Dirigidas: são medicamentos que identificam alvos nas células cancerígenas ou substâncias normais que ajudam o crescimento das mesmas. Assim, atacam especificamente esses alvos, bloqueando o crescimento das células malignas e travando assim a sua proliferação.


A maioria das mulheres quer saber de que forma o tratamento poderá alterar as suas atividades diárias normais e a sua aparência. No entanto, o médico é a pessoa indicada para lhe dar toda a informação relacionada com a escolha do tratamento, possíveis efeitos secundários e resultados esperados com o tratamento.

Rastreio e Prevenção

A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher com cancro da mama. Para a deteção precoce, é recomendado que:

  • Entre os 40 e os 50 anos, as mulheres comecem a fazer uma mamografia anual ou a cada dois anos. A idade recomendada para início deve ser decidida caso a caso, com o apoio do médico.
  • O autoexame da mama (observação e palpação) seja feito uma vez por mês, na semana a seguir ao período menstrual. Tenha em conta que as mamas não são iguais e podem surgir alterações devido a diversos fatores. No entanto, é crucial manter uma atitude vigilante e manter o contacto com o seu médico.

Como fazer a Palpação?

Todas as mulheres adultas são encorajadas a realizar o autoexame da mama. Este cuidado é essencial para poder alertar um profissional de saúde se identificar alguma alteração. Mas como deve fazer o autoexame da mama?

  • No duche: mova as pontas dos dedos em círculos por toda a mama, de fora para o centro, verificando toda a área da mama até às axilas. Verifique as duas mamas, procurando nódulos, espessamentos ou algum nó endurecido.
  • Em frente ao espelho: observe as duas mamas com os braços ao lado do corpo, e depois levante-os acima da cabeça. Procure alterações no contorno da mama, como inchaços ou ondulações na pele ou mamilos.
  • Deitada: coloque uma almofada sob o ombro direito e o braço direito atrás da cabeça. Use a mão esquerda para, em movimentos circulares, cobrir toda a área do peito e axila à procura de nódulos. Use pressão ligeira, média e grande. Aperte o mamilo e verifique se algum fluido é drenado e se existe algum caroço. Repita o processo para a mama esquerda.

Cancro da mama no homem

Embora tenha uma expressão muito baixa, o cancro da mama também afeta os homens. O sexo masculino representa 1% de todos os cancros na mama. No entanto, os homens quase nunca estão sensibilizados para esta doença, pelo que é muito raro ser diagnosticada em fases assintomáticas. Mais de 40% dos casos são diagnosticados em estádios avançados, piorando os prognósticos. 

O cancro da mama no homem tem pico de incidência, em média, aos 65 anos. Grande parte da informação apresentada sobre o cancro da mama é, também, aplicável a homens.

Causas e fatores de risco

As investigações científicas têm permitido descobrir vários fatores que podem, nos homens, aumentar o risco de vir a desenvolver cancro da mama, entre elas o envelhecimento, o historial familiar de cancro da mama, mutações genéticas hereditárias, comportamentos de risco e obesidade.

Sintomas e Prevenção

À semelhança do que acontece com a mulher, detetar o cancro da mama masculino precocemente é ideal. Para isso, deve manter uma atitude vigilante em relação à mama, identificando possíveis sintomas:

  • Nódulos na mama,
  • Alterações no tamanho, forma ou pele da mama,
  • Alterações no aspeto do mamilo,
  • Descarga mamilar,
  • Úlceras mamárias,
  • Erupção cutânea.

Viver com cancro da mama

O apoio à luta contra o cancro da mama não deve ser algo sazonal; por outro lado, é um compromisso constante. A jornada das mulheres que enfrentam esta doença é repleta de desafios, mas também cheia de coragem, determinação e esperança. A luta contra o cancro da mama exige resiliência, é um facto, mas também é uma oportunidade de descoberta: da força que há em nós, da rede de apoio incrível que nos rodeia e da capacidade de superar adversidades que nem imaginávamos. E lembre-se: o cancro da mama não define quem é. É apenas uma parte da sua história!

Na sua Loja Ortopédica tentamos todos os dias ajudar a enfrentar o cancro da mama com coragem, força e esperança! Aconselhe-se sempre, claro, com um profissional de saúde.

Estamos sempre disponíveis através do nosso Apoio ao Cliente ou nas nossas redes sociais. 

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